sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Sonhos

Ela chegou como alucinação
No meio do dia... confuso
Vestido claro e leve
como anjo ou fada
Um sapato de minha infância
Por instantes esquecida.

Esqueço onde estou
Minhas limitações
Meus impedimentos
Viajo no delírio
De tê-la em meus braços.

Revelação
De possibilidades enterradas
Guardada dentro dos sonhos
Que não recordo ao acordar.

Num trânsito veloz
E inefável...
A alucinação dança na minha vida
Me ponho sua em frente.

Não quero ficar
Nem partir
Sombra e luz a um só tempo
Não sei navegar nestes mares
Não lembro mais
Não se bebo ou esqueço.

Na memória, trânsito.
Por vezes dentro de mim
Por vezes só passagem
Não sei onde dá.

O devaneio invade o que sou
Ela em mim, corpo unidos,
Um não tempo.

Na distância, silêncio...
Tento escutar os sonhos
Onde cabem o que não posso viver.

Ela dança como memória
Como um sonho bom
Que esqueço ao amanhecer.

Eu trânsito,
Transeunte de quem sou.

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