sexta-feira, 30 de junho de 2023

Reencontro

Fazer as pazes com o passado
Sem passar a limpo 
Decifrar os borrões
E achar bonito 
Os percursos que foram feitos 
Tudo travessia. 

Descobrir
Memórias antigas e perdidas 
De mim mesma 
No esforço do outro 
Em não esquecer 
 
Não esquecer e negar nada
Passado Passado 
Sob pena de se perder
Na amnésia seletiva
Daquilo tão precioso  quem somos
Fazer as pazes com o Passado 

sábado, 27 de julho de 2019

???

Saber nem sempre é o bastante

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Torpor

Palavras infiltradas na memória
Cheiro encrustado no corpo
Sonhos guardados no horizonte
A boca saliva
O coração alivia
A mente entorpece

Nada desmente
Nada deforma

Entre versos
silêncios ...
na poeira colorida
da vida que corre,
e entre os dedos escorre.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Declaração

Meu amigo,
Meu amor...
Dono das melhores histórias
A mais fantástica companhia
Com você a praia é alegre
O mar é sereno
O abraço infinito e verdadeiro
Moraria dentro dele
Cada cerveja desnecessária
Na fumaça a liberdade

Sonhos cultivados
Justiça e verdade
Compromisso e mudança
Arte e memória
História e cidade.

Somos um dueto...
Somos unidade
Somos singularidade
É uma unidade
Limpa e Clara.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Por hoje

Por hoje
Não me calo
Nem sucumbo
Não aceito
Meias verdades
Nem aquelas bem mal contadas.

Por hoje
E em todos os dias vindouros
Não me calo
Nem acato.

Hoje quero anunciar
Meu tempo é luta
Meu tempo é verbo
Meu tempo é libre
Somos cada um de nós
É verbo amor e ação

Não dá para ser menos
Somo todos
Muito mais
Sendo juntos

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Sou poesia


As vezes só poeira
Outras pueril
Mesmo...
Como tudo que me habita
Certezas e dúvidas mil.

Se está tudo bem
Sou poesia
Impetuosa e intensa
Quando não
Sou poesia também
Serena e lenta.

Ela não é proporcional
Ela é desmedida
Ela me move
Me remonta
E se recolhe
Nos versos que calo
Quando tanto falo.

Ela não carece de motivo
Ela é despropósito
Ela me revela
Me move
E se refaz
Nos versos que pronuncio
No silêncio voraz.

domingo, 20 de maio de 2018

Sobre o fim

Quando ele chega
Nunca é tempo bom
Mesmo sabido
Sentido ou desejado.

Ele carrega dentro de si
Dores e alegrias
Paixão e saudade
Esperanças e experiências
Cansaço e sonhos.

Ele chega em maré alta
Derrubando tudo
Mas já nos embalou
Em ondas serenas.

Ele coloca cada um
Mais perto de si mesmo.
Quando algo morre
Para melhor florescer.

Quando ele chega...
As palavras sobram e faltam
O corpo se esvazia e se enche
O coração paralisa.
Para quem sabe
Um dia bater de novo.