segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

todo dia - de novo.

É, hoje quero falar manso,
Quero contar com parcimônia,
Quero me dizer mais mil vezes,
Quero me contar, em palavras,
Músicas, histórias e movimentos,
Para o desconhecido da rua,
Para o garçom, para o mendigo.

Quero fazer esse inédito exercício,
De me reconhecer
Ao contar-me para o desconhecido.

É, no fim das contas, todos os dias
Sou outra, sendo ainda mais eu mesma,
Diferente de ontem e de amanhã.

Esses dias, tenho me postado
Cheia de coragem e vontade
Na beira do meu próprio abismo.

Me pinto com tantas cores
Plenas da intensidade da espera
Com tons de vontade, embebidos de saudades.

As vezes, quero calar.
E no dia seguinte ...
Preciso me dizer.
Feliz, leve ou zangada.

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