quinta-feira, 28 de setembro de 2017

A felicidade

Não lembro como chegou.
No meio do cotidiano
Entre tensões e esperança,
Sonhos maiores
Tempos melhores
Para todo canto.

Ela brotou.
No vácuo
de lutas e embates.
No diálogo
com santos e convicções.
Entre teimas, medos,
Vontade e paciência.

Se vestiu de beira de praia
Foi inundando tudo
Nos espaços que não existiam
Foi ficando
Entre palavras e silêncios.

Na presença enebriante
Na distância necessária
No tempo das coisas
No tempo possível.

Ela foi criando coisas
Mudando de lugar.
Foi dançando...

Ela se escondeu de mim
Eu também me escondi.
Na presença, medo.
Na ausência, saudades.

Ela se elevou
Subiu montanhas
Para ver se cabia
Em outros horizontes.
Tomada pelo torpor
Pela presença,
Sucumbir
Ver no que dá.

Com ela o tempo corre
O corpo se reconhece
Vivo, muito vivo.
Em cada movimento,
Nos braços erguidos
Nos abraços
Peito aberto...
Por um instante.

A felicidade é assim,
Silencia o pensamento
Na alegria desmedida
Do instante vivido
Sem pressa
Sem medo
Sem amanhã
Sem promessa
Sem juras
Só por hoje.

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