quinta-feira, 17 de março de 2011

Farol da Esperança




Não sei se era cedo ou tarde,
mas parecia tarde de mais pra mim,
por mais que olhasse adiante,
meus olhos não eram capazes de ver.
E se queres saber?
Não sei se vejo...
Mas tenho me apegado ao que construí
Como imagem possível,
E se for só miragem?
Ah, já me perguntei.
Me conforta saber que a caminhada
Vale a pena,
Mesmo sem ponto de chegada
Mesmo sem certeza do sucesso
Mesmo sem incertezas...
Nem tudo é certeiro...
Eis um bom alvo.

Tento ver as sementes, sou semente
de mim mesma, em minhas ações.
Giro, procuro luz, girassol.
Colorido sol de verão,
Capaz de aquecer no nevoeiro que construí.
Pinto de novo, cada cor guardada,
Rompo com o medo... e digo sim,
Sim de novo... e quantas vezes mais.

Tenho soprado nos cataventos
Que movem meus sonhos de lugar,
Ventos me levam pra mais perto de mim.
Procuro nos abraços o som do vento,
Este vento... sopra... a meu favor.
Eu tenho ido mais fundo, mais.
Nutrição, semeadura.

Tenho olhado pra fora,
Num esforço gigantesco
De ver o invisível.
Aquilo que mora íntima
E silenciosamente em mim –
Possibilidade.

1 Comentários:

Blogger Luciana Nepomuceno disse...

Ah, que delícia saber do teu espaço, ver as cores e texturas desta rosa que encanta e apaixona. És linda, amiga, em prosa e poesia.

20 de março de 2011 às 13:37  

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