quinta-feira, 7 de abril de 2011

movimento



De tudo que está calado,
muito pouco há o que dizer.
Silencia feroz sensações.
- Estou  dormente.
- Não mente.
A mentira sustenta verdades indizíveis.
O tempo passa...
A música muda o tempo todo.
Desligo-me de ti e de mim.
Desligo.
O rosto sente cada toque,
ainda que despretensioso,
como se fosse produzir outra coisa em mim.
Tão próxima, tão parecida,
sendo a outra que mora de favor em mim.
As palavras não são capazes,
elas não, eu não sou capaz.
As vezes o inassimilável, fica claro!
O inconsciente aflora, flora!
Floresce na mascara fora do rosto
o que nele está guardado - resguardado

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