sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A Rua



A rua não está nos mapas.
Ela está no mundo, na vida
E em mim.
É difícil ver aquilo que desconhecemos.
Tantos jovens, marcas e sinais.
Entre o pare e o siga: amarelo.
Fique atento! Estamos atentos?
Sonhos, memórias, sorrisos...
Escondidos em corpos envergados.
Alegrias e potencias travestidas de força, medo e violência.
O que a cola não cola?
O que o solvente não limpa?
Preciso de olhos capazes de ver o invisível.
A beleza humana na fatalidade da vida.
Tantas perguntas em mim mesma,
Tantas surpresas, silêncios e zoadas.
Sentindo o outro, sinto-me melhor,
Sinto-me mais, muito mais viva.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

“os opostos se distraem, os dispostos se atraem”

Esses dias eu estava pensando que a vida tem sido muito generosa, pois mesmo em tempos de guerra consegui me manter viva, por vezes muito viva, em outros tempos como doce memória do que poderia ser. Quem entederá? Talvez ninguém, nem eu mesma, mas uma coisa me redime, não existe maldade, nem crueldade em mim. Sei que muitas vezes me confundi, e fiquei confusa com as alegrias e dores inerentes a tudo isso que existe dentro de mim.
E não importam quantas cartas eu escreva. E não importa quantas músicas cante pra mim. Que importa se minha noite foi boa, ou se sou e estou feliz, nada importa, algumas coisas não importam quando o inexplicável foi entendido sem explicações e argumentos.
O que quero dessa vida é tempo pra me aproximar do que acredito e paciência para enfrentar o que não posso modificar. Ter coragem de seguir, e nunca desvanecer diante da dor ou do conflito, aprender com ambos e manter o que alegrar e fortalecer meu coração. Uma coisa ainda por dizer, para você minhas melhores palavras, minhas cores guardadas. “os opostos se distraem, os dispostos se atraem”