quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Silêncio


Sem flor, nem bom dia.
Deserto.
Terra esquecida pela chuva.
Terra viva e fértil.
Não há mais perguntas,
Nem respostas,
Nem suspiros,
Nem torpor,
Nem nada.
Só silêncio,
Profundo e definitivo.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Não é simples
Não é simples
Vamos cuidar uns dos outros
Fé, perseverança e discernimento.
Amor, zelo e união.
Mais que nunca
Tempo de estar perto
Daqueles que amamos.

Insone

Algumas coisas não tem lógica
Nem precisam.
Surpresa, Sem planos
Cerveja, música, histórias.
Insone.
Anoitecer
sem pensar
Amanhecer
Sem dar-se conta
Mesmo assim
Quero cheiros
E beijos
Por aí.

Porvir

Não espere,
A vida passa veloz.
Não espere,
Não, não é seguro.
O mundo pede ação
Não dá para esperar.

Pegue minha mão,
Sem medo, nem senão.
O mundo corre veloz,
Mas podemos ir devagar.

Escora sua cabeça
Em meu peito
Te conto
Os segredos
Que não tenho.

Deixe meus cabelos
Se enlinhar
Em seus dedos
Se vexame.

O mesmo cheiro,
Adormecer e acordar.
No meio de tudo
Dançar a alegria
De se perder
E se achar.

Conhecido desconhecido

Desde muito tempo
A gente se olha
Mas não, não nos víamos.
Depois de muitas poesias
Jogadas ao vento
No cultivo da beleza
Em lugares distantes
E eletrônicos.
No contato
Insensato.
Ainda não nos
Conhecemos.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Esvaziar

Escrevo,
Para manter-me viva.
Pois estando escrito
Posso desocupar a memória
E melhor esquecer.

Sonhos

Ela chegou como alucinação
No meio do dia... confuso
Vestido claro e leve
como anjo ou fada
Um sapato de minha infância
Por instantes esquecida.

Esqueço onde estou
Minhas limitações
Meus impedimentos
Viajo no delírio
De tê-la em meus braços.

Revelação
De possibilidades enterradas
Guardada dentro dos sonhos
Que não recordo ao acordar.

Num trânsito veloz
E inefável...
A alucinação dança na minha vida
Me ponho sua em frente.

Não quero ficar
Nem partir
Sombra e luz a um só tempo
Não sei navegar nestes mares
Não lembro mais
Não se bebo ou esqueço.

Na memória, trânsito.
Por vezes dentro de mim
Por vezes só passagem
Não sei onde dá.

O devaneio invade o que sou
Ela em mim, corpo unidos,
Um não tempo.

Na distância, silêncio...
Tento escutar os sonhos
Onde cabem o que não posso viver.

Ela dança como memória
Como um sonho bom
Que esqueço ao amanhecer.

Eu trânsito,
Transeunte de quem sou.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Caminhante

Um passo depois do outro
Eu, passo
Eu, caminho
Eu, um passo de cada vez.

O convite está feito.
Não é preciso
Não é seguro
É incerteza e
Mudança
Está vivo!!!

Eu, passo
Eu, caminho
Eu, caminhante.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

As estrelas

Olhando para as estrelas
Não posso dizer
Que nada se passa.

Cada uma delas
Entoa um canto
De presença.
O brilho delas
São como apontamentos
Não posso negar.

A vida pulsa forte
Um cântico novo
De amor alegre e sereno.

Sigo sozinha,
Pois é o melhor
Deste vendaval
Que cultivei
Com paciência
E esperança.

O mar brada alto
Em meu corpo,
Arde meu peito

Bebo sem medo
A bebida amarga e vermelha
Que me acolhe e embala
Nas sombra das estrelas
Que contemplo.

O barco da vida
Balança tudo
Não sou passageira
Tomo o prumo
Vou para onde
Pousa o amor
Que sinto.

Distância

O telefone não diz de mim.
Não sei lidar com distância
Não sei lidar com saudades.

As palavras sobram e faltam
A presença cabe o silêncio
Pleno de sentido
Que a distância
Não sabe entender.

Se falo,
As palavras não me contam.
Se calo,
Um vazio me toma.

Eis um defeito.
Gosto de presença
De cheiro e cor.
De textura
E contato e quietude.
Balanço sereno.

Mas quando o telefone toca
Meu corpo pulsa alto e intenso.
Ele não dá conta
Das batidas de meu
Peito inundado
De cuidado, poesia
E saudade.

Ele não sabe de mim

Só conhece
O sorriso e a paciência.
A beleza, a clareza.

Não sabe das dores
Das cores mais vibrantes
Nem dos tons pastéis.

Não sabe da madrugada.
Nem do amanhecer
Nem os segredos
Guardados entre
Papéis e canetas
Nem o gosto da comida
Do meio dia.
Não sabe das perguntas.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Bem querer

Não é preciso estar certo
Nem dar certo

Só é preciso fazer bem
Ajudar o outro
A fazer a travessia
Mesmo que não seja
A nosso favor.

Querer bem
Não cabe egoísmo
Só cabe cuidar
Zelar perto ou longe
Velar, por luz e serenidade.

O meu amor
Não tem vexame,
De um tanto
Que se fizer bem
Nem precisa ser.

Só é preciso,
O que não for garantido
Só é preciso
O que é de graça!!!

Pela novidade
Que desconheço.